Planejando quartos infantis
As crianças merecem atenção especial, e planejar o quarto infantil pode ser u...
Ter alguma deficiência ou dificuldade de locomoção pode ser algo desafiador, mas você pode fazer com que pelo menos em casa seu cliente se sinta mais seguro e confortável, com acessibilidade. Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência física, o que equivale a quase 4 vezes a população da cidade de São Paulo.
Por isso, pensar em acessibilidade para os seus clientes é pensar em inclusão e em criar a noção de pertencimento. Para isso é indispensável que o seu projeto tenha preocupações como segurança, conforto e adaptação para as pessoas com deficiência (PCD) terem uma autonomia maior dentro da própria casa ou até mesmo para seu cliente receber visitas que sejam PCD.
Mas, afinal, o que é acessibilidade?
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), “acessibilidade é o conjunto de condições e possibilidades de alcance em que o mobiliário e os equipamentos devem proporcionar a maior autonomia e independência possível e dar ao cidadão com deficiência ou com dificuldade de locomoção o direito de ir e vir a todos os lugares que necessitar, seja no trabalho, estudo ou lazer”.
A acessibilidade ainda tem o objetivo de garantir mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção para pessoas com deficiência. Pensar em acessibilidade é também pensar em atingir um número ainda maior de clientes.
Como adaptar os móveis visando à inclusão social
A adaptação vai sempre depender de quais sãos as restrições da pessoa com deficiência. Por esse motivo, é muito importante que você tire absolutamente todas as dúvidas com o seu cliente. Não tenha medo de perguntar! É melhor deixar o projeto bem redondo com perguntas que parecem óbvias do que enfrentar refações no futuro.
Você pode começar adaptando portas. Para pessoas que têm a mobilidade reduzida, é ideal que você faça um projeto com, no mínimo, 80 cm livres. Agora, se a porta for de correr, é importante que não haja trilhos no chão, para não atrapalhar a passagem. Dessa forma, você pode colocar a trilhagem na parte de cima, presa em roldanas.
Além disso, é muito importante que as maçanetas sejam de alavanca para facilitar na hora de abrir a porta.
Créditos: Dicas de Decor/ Thelashop/ Wayfair
Ainda na questão de mobilidade, manter a área de circulação livre é imprescindível para proporcionar independência à pessoa. Por exemplo, você precisa lembrar que uma pessoa que usa cadeira de rodas sempre precisará do eixo de 360° para circular pelos ambientes. Então, é importante que, ao projetar móveis como estantes e mesas, você leve em consideração o espaço que estes itens vão ocupar.
Para a cozinha, por exemplo, é importante que a pia e o fogão fiquem a uma altura de 73 cm a 85 cm para que seja confortável utilizá-los e haja uma visão geral para cozinhar e lavar a louça. Dito isso, não é recomendado que você faça armários embaixo da pia, pois este é um espaço dedicado ao encaixe da cadeira de rodas. Como solução para isso, os armários devem ser instalados entre 40 cm e 120 cm do piso. O mesmo serve para mesas e gaveteiros.
Créditos: Arquitrecos/ Design Innova
Com essas dicas você já consegue adaptar os móveis dos ambientes ou começar a criar novos projetos que incluem essas condições. Fazendo isso, você leva muito mais do que funcionalidade até o seu cliente. Proporciona também independência e, consequentemente, felicidade.
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