Marcenaria: um ofício passado de pai para filho

Olá, meu nome é Murillo de Andrade Ribeiro e faço parte da segunda geração da Marcenaria Irmãos Ribeiro que, por sinal, existe e está na família há 32 anos. E, neste Dia dos Pais, estou aqui no blog do Clube Duratex para dividir com vocês um pouco da minha trajetória como marceneiro, que foi um ofício passado de pai para filho.

Murillo e seu irmão

Bom, como sou filho de marceneiro, cresci acompanhando meu pai em seu trabalho. Naturalmente, esse contato me despertou o desejo de seguir seus passos. Felizmente, com nossos esforços, crescemos juntos como profissionais, pessoas e família. Atualmente, o quadro de colaboradores da nossa empresa inclui meu irmão, que faz a gestão da marcenaria comigo, minha cunhada, minha esposa, meus primos e até meu sobrinho que também despertou o mesmo amor pela profissão.

Além do ofício em si, a sensação de planejar os espaços dos nossos pequenos é maravilhosa. Como pai é uma satisfação pessoal enorme. Entretanto, o que mais me deixa feliz, é ver a iniciativa do Vovô (meu pai, que também é marceneiro) de produzir os móveis para suas netas. Aqui em casa, foi ele quem fez o berço e um pianinho de brinquedo. Gestos como esses não têm preço, são verdadeiros tesouros.

A relação entre marcenaria e a paternidade
Na marcenaria, nós iniciamos o atendimento ao cliente identificando seus desejos, suas necessidades e, a partir desse compilado, criamos um projeto que ele consiga visualizar o resultado esperado, acompanhar o processo de fabricação, instalação e depois disso tudo, desfrutar do resultado final. Acredito que, para se relacionar com um filho, é mais ou menos dessa mesma forma, afinal, é preciso identificar os desejos, os talentos, as aptidões dele e, dessa forma, direcioná-lo para que possa ter uma “meta” em sua vida.

Ensinar os filhos que para tudo existe um processo é conscientizá-los de que a vida exige esforços para que, dessa forma, se possa desfrutar do resultado final que, uma vez alcançado, se renova a partir de novos desejos, novos objetivos, novos projetos e assim por diante.

Por isso, antes de tudo, quero ensinar às minhas filhas os valores da vida verdadeira, uma vida digna, uma vida com Deus, como também, incentivá-las a desenvolver seus talentos e claro, como todo pai, tentar trazê-las para nosso lado, o da marcenaria.

Todas as sextas-feiras eu sento com minhas filhas e faço questão de apresentá-las os móveis que produzimos. É incrível como elas ficam impressionadas. Acredito que essa seja uma maneira de estimular o desejo delas pela profissão e, principalmente, valorizar o trabalho que prove por todas as necessidades da nossa família.